Terapia genética
Um experimento conduzido por pesquisadores da Mount Sinai School of Medicine, nos Estados Unidos, sugere que a terapia genética - com a inserção de genes nas células para tratamento de doenças - pode vir a ser uma grande aliada da cardiologia na regeneração do coração de vítimas de um ataque cardíaco.
O estudo explica que um ataque cardíaco geralmente resulta na formação de cicatrizes no coração para que este se recupere após o episódio.
Assim, o foco do estudo foi em um gene chamado CCNA2, que orienta a célula a dividir-se e multiplicar-se, ajudando na recuperação de órgãos.
Porém, o problema é que os genes do tipo CCNA2 tornam-se dormentes após o nascimento, tanto em animais quanto em humanos. Contudo, quando aplicado em terapia genética o gene "acorda" e auxilia na recuperação do coração.
Para tentar aproximar a descoberta ao máximo de humanos, os pesquisadores usaram porcos como cobaias (anatomicamente, os porcos possuem corações similares aos dos humanos), e injetaram o gene nos seus corações logo após a ocorrência de um infarto nos animais.
Dessa forma, a terapia mostrou-se eficiente não só na regeneração dos tecidos cardíacos danificados como também na produção de novas células musculares nas áreas afetadas pelo ataque (no porco), otimizando ainda, a função bombeadora do coração.
Anteriormente, experiências semelhantes já haviam sido realizadas com ratos e camundongos, também registando sucesso na aplicação do CCNA2 em terapias genéticas.
Segundo os autores deste estudo, a descoberta sugere que a técnica, se um dia for aplicada a humanos, poderá auxiliar nas suas recuperações após um infarto.